Os jornalistas económicos devem fazer o cruzamento da informação, evitando a propagação de “dados enganosos”, apelou esta Sexta-feira, 14, em Luanda o presidente da Mesa de Assembleia da Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO), Cristóvão António Bragança.
“É necessário ter em conta o contexto e fazer uma análise crítica. A simples apresentação de dados económicos não é suficiente, pois é imprescindível contextualizar as informações, analisando com ética, rigor e imparcialidade as implicações das políticas económicas, as mudanças de mercado e tendências globais, ajudando o público a entender não apenas o quê, mas o porquê das situações económicas”, disse.
Na óptica de Cristóvão Bragança, que discursava na abertura da Assembleia Geral de renovação de mandatos da AJECO, num mundo interconectado, os eventos económicos num determinado país podem ter repercussões globais.
“O jornalismo económico deve estar atento aos desafios da globalização, abordando as interdependências entre economias e como isso afecta os cidadãos”, advertiu.
Face ao presente quadro, o responsável considerou que a relação entre a economia e meio ambiente é cada vez mais relevante.
O jornalismo económico, segundo apontou, deve explorar como as mudanças climáticas influenciam os mercados e políticas económicas, destacando a importância da sustentabilidade nas decisões económicas.
O presidente da Mesa de Assembleia da Associação de Jornalistas Económicos de Angola destacou igualmente o impacto das novas tecnologias, durante o encontro onde foi apresentado o Relatório de Gestão do Quadriénio 2020-2024 e elegeu os novos órgãos sociais da agremiação, que fizeram parte de uma lista única.
“Com o avanço das tecnologias digitais, o jornalismo económico também se transformou, a análise de dados infográficos e visualizações interativas tornaram-se ferramentais valiosas para explicar fenómenos complexos de maneira mais atraente e abrangente”, afirmou Cristóvão Bragança.