Turca Tesla STP interrompe operações em São Tomé por alegada dívida estatal

A empresa turca Tesla STP anunciou nesta Terça-feira que vai interromper as operações no sector energético em São Tomé e Príncipe a partir de Quinta-feira, alegando que o Estado lhe deve 7,5 milhões de euros. Segundo um comunicado de imprensa da Tesla STP, a empresa assinou, em Outubro de 2023, uma parceria público-privada (PPP) com…
ebenhack/AP
Empresa assinou, em Outubro de 2023, uma parceria público-privada (PPP) com o Estado são-tomense a "fim de fornecer soluções de curto e longo prazo" para o sector energético do país e transformá-lo num setor mais sustentável e verde.
Economia

A empresa turca Tesla STP anunciou nesta Terça-feira que vai interromper as operações no sector energético em São Tomé e Príncipe a partir de Quinta-feira, alegando que o Estado lhe deve 7,5 milhões de euros.

Segundo um comunicado de imprensa da Tesla STP, a empresa assinou, em Outubro de 2023, uma parceria público-privada (PPP) com o Estado são-tomense a “fim de fornecer soluções de curto e longo prazo” para o sector energético do país e transformá-lo num setor mais sustentável e verde.

No entanto, após concluída a primeira das três fases do projecto, a Tesla STP anunciou que “se viu obrigada a interromper as operações em São Tomé e Príncipe a partir das 00:00 de 19 de Junho” devido ao incumprimento com os “os requisitos necessários” expressos no acordo assinado por parte do Estado são-tomense, que acusa de estar em dívida em 7,5 milhões de euros.

Em 01 de Junho, “os recebíveis vencidos pela Tesla STP acumularam 7,5 milhões de euros, o que significa aproximadamente 14 meses de faturas não pagas pelos 18 meses em que a empresa esteve em operação”, declarou.

A empresa esclareceu que “realizou três reuniões de alto nível desde o início de 2025 e escreveu 14 cartas desde 2024 lembrando o Ministério das Infra-estrutura e Recursos Naturais das suas obrigações financeiras e solicitando que as ações necessárias fossem tomadas para o início dos investimentos da segunda e terceira fases”.

No entanto, a entidade disse ter recebido uma carta do Ministério das Infraestrutura e Recursos Naturais, datada de 09 de Junho, em que foi informada que o ministério desejava “uma renegociação do contrato e que nenhuma decisão financeira ou contratual” seria tomada até que o processo de renegociação estivesse concluído.

Consequentemente, a empresa decidiu cessar as suas actividades, mas diz continuar “firmemente comprometida em apoiar o povo de São Tomé” através “do fornecimento de electricidade confiável e contínua”.

“Mantemos a esperança de que esta situação possa ser resolvida rapidamente e estamos comprometidos em trabalhar em estreita colaboração com o Ministério das Infraestruturas para encontrar um caminho sustentável”, reiterou, citada pela Lusa.

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