Angola está a emergir como uma porta de entrada fundamental para o comércio e investimento dos EUA, disse recentemente, em Luanda, o CEO do Standard Bank (SBA), Luís Teles.
“Com a sua posição estratégica, riqueza natural e crescente influência regional, o país está bem posicionado para ajudar a moldar um capítulo mais pragmático e orientado para as oportunidades nas relações entre os EUA e África”, afirmou o CEO do Standard Bank Angola.
De acordo com Luís Teles, que falava num encontro direccionado a jornalistas para debater a posição estratégica de Angola nas relações entre os Estados Unidos da América (EUA) e África e antecipação da Cimeira EUA-África, o país está a tornasse palco central para o diálogo entre o continente africano e os EUA, promovendo assim uma cooperação mais estreita em sectores como energia, infra-estruturas, agricultura, saúde, inovação e tecnológica.
O responsável do SBA referiu que a cimeira visa fomentar o diálogo e ajudar a atrair maior investimento americano para o continente africano, principalmente Angola.
“Angola necessita de investimento estrangeiro, sendo esta cimeira uma excelente oportunidade para desenvolver parcerias, não só com investidores americanos, mas também com investidores africanos”, destacou Luís Teles.
Por outro lado, o CEO do SBA defendeu que o país tem de aumentar as exportações, não apenas para os EUA, mas também para outros mercados.
“Acredito que a diversificação económica não se faz com a redução das importações, mas com o aumento das exportações não-petrolíferas. Isso exige que as empresas reconheçam que há uma oportunidade para poderem vender para fora de Angola”, disse.
Segundo Luís Teles, a exportação obriga as empresas a investirem mais, a capacitarem-se mais, a serem mais competitivas e a terem produtos mais atraentes. “As exportações ajudam a uma maior resiliência e sustentabilidade do modelo de negócio das empresas”.
Sobre o mercado de capitais, o CEO considerou que esta Cimeira EUA-África surge como uma oportunidade para apresentar aos investidores estrangeiros as diversas opções de investimentos na bolsa, tendo fundos, títulos de dívida pública, e, sobretudo, acções de empresas a serem transaccionados em bolsa, o que demonstra uma carteira diversificada de oportunidade para investimentos”.
“Neste mercado, o investimento estrangeiro ainda é muito baixo. A título de exemplo, por intermédio do SBA, existem apenas cerca de 40 milhões de dólares investidos em bolsa”, referiu o responsável.
Entretanto, como actor-chave no panorama financeiro angolano Teles enfatizou que o Standard Bank está empenhado em possibilitar o investimento, a inovação e o crescimento inclusivo, assumindo-se como um catalisador para o próximo capítulo de desenvolvimento do continente africano e de Angola.