Moçambique e São Tomé e Príncipe entram na Missão 300 para electrificar África

Moçambique e São Tomé e Príncipe aderiram, juntamente com mais 15 países africanos, aos Compactos Nacionais de Energia, no âmbito da Missão 300, que visa dar electricidade a 300 milhões de africanos até 2030. "No Fórum Global de Filantropias Bloomberg, os Compactos Nacionais de Energia, planos práticos que orientam a despesa pública, desencadeiam reformas e…
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“A electricidade é a base do emprego, das oportunidades e do crescimento económico”, afirmou o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga.
Economia

Moçambique e São Tomé e Príncipe aderiram, juntamente com mais 15 países africanos, aos Compactos Nacionais de Energia, no âmbito da Missão 300, que visa dar electricidade a 300 milhões de africanos até 2030.

“No Fórum Global de Filantropias Bloomberg, os Compactos Nacionais de Energia, planos práticos que orientam a despesa pública, desencadeiam reformas e atraem capital privado, foram aprovados por Benim, Botsuana, Burundi, Camarões, Comores, República do Congo, Etiópia, Gâmbia, Gana, Guiné, Quénia, Lesoto, Moçambique, Namíbia, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa e Togo”, lê-se no comunicado das duas entidades.

“A electricidade é a base do emprego, das oportunidades e do crescimento económico”, afirmou o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, citado no documento, no qual acrescenta que a Missão 300, a iniciativa que tem como objectivo ligar 300 milhões de africanos à electricidade até 2030, “está a promover reformas duradouras que reduzem custos, fortalecem os serviços públicos e atraem investimentos privados”.

“Energia confiável e acessível é o multiplicador mais rápido para pequenas e médias empresas, processamento agrícola, trabalho digital e valor agregado industrial”, afirmou o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Sidi Ould Tah, explicando que dar energia a um empreendedor africano é igual a garantir-lhe um salário.

Para o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, o país “está no caminho certo para atingir as metas da Missão 300 e consolidar o [seu] papel como potência regional através da exportação da [sua] energia abundante, acessível e limpa”.

Também citado no comunicado, o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Américo Ramos, afirma que “o Compacto oferece uma estrutura inovadora para impulsionar um modelo sustentável e inclusivo de crescimento económico para os são-tomenses” e acrescenta: “Estamos a implementar reformas sólidas e a desenvolver modelos de negócio inovadores para angariar 190 milhões de dólares do sector privado para financiar este objectivo”.

Desde o lançamento da Missão 300, no princípio do ano passado, diz a Lusa, cerca de 30 milhões de pessoas já foram ligadas à electricidade, havendo mais de 100 milhões de pessoas abrangidas pela fase de planeamento.

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