Cinquenta anos depois da independência, Angola carrega no seu DNA a força da superação, a coragem de recomeçar e a esperança de um povo que sonha. Mas há uma pergunta que precisa ecoar mais alto do que qualquer celebração: como queremos que Angola seja nos próximos cinquenta anos?
Responder a essa pergunta exige mais do que planos ou discursos. Exige consciência, visão e compromisso com o futuro. Porque o futuro não se conquista com pressa, conquista-se com propósito. Não basta imaginar o amanhã, é preciso prepará-lo, plantando hoje as sementes da Angola que queremos ver florescer em 2075.
Um novo tempo pede uma nova mentalidade
Vivemos um tempo em que o mundo avança a um ritmo sem precedentes. A tecnologia redefine fronteiras, a inteligência artificial transforma indústrias e a agilidade tornou-se palavra de ordem. Mas, num mundo em que tudo muda tão depressa, a verdadeira transformação não se faz nas máquinas, faz-se nas mentes.
Precisamos de uma nova mentalidade, capaz de olhar o progresso não apenas como eficiência, mas como responsabilidade. Uma mentalidade que entenda que transformação digital sem transformação humana é apenas automatização. E é essa consciência que abre caminho à sustentabilidade, porque quando pensamos de forma mais consciente, também passamos a agir de forma mais responsável.
As novas tendências da gestão estratégica mostram que o futuro pertence às organizações que conseguem equilibrar estabilidade e inovação, tradição e disrupção. Surge assim o conceito de liderança ambidestra, a capacidade de gerir os desafios do presente enquanto se constrói, em simultâneo, a visão e as competências necessárias para o futuro.
Essa liderança olha para o curto prazo com foco operacional, mas mantém o olhar elevado, atento aos sinais do que está por vir. É uma liderança que valoriza a agilidade, não apenas na execução, mas sobretudo na forma de pensar, aprender e adaptar-se. Num mundo em constante mutação, a agilidade é o novo alicerce da estratégia, porque já não basta reagir, é preciso antecipar e evoluir.
A liderança ambidestra é, portanto, o elo que une a consciência à acção, o presente ao futuro, e será determinante para conduzir Angola a um ciclo de desenvolvimento mais inteligente, mais sustentável e mais humano.
Sustentabilidade: o compromisso com o futuro
A sustentabilidade surge então como a consequência natural dessa nova forma de pensar. Não é um conceito ambiental isolado, é uma filosofia de equilíbrio e de continuidade. Ser sustentável é garantir que o crescimento económico respeita o social, que o desenvolvimento urbano respeita o natural, que a inovação respeita o humano.
Quando um líder adopta esta visão integrada, começa a perceber que a sua função não é apenas gerir resultados, mas gerar impacto. Que cada decisão deixa uma pegada, e que o seu verdadeiro legado não está nos lucros de um trimestre, mas na qualidade de vida que ajudou a construir. E é precisamente aqui que nasce o novo perfil de liderança de que Angola precisa.
A consciência como motor da liderança
Os próximos 50 anos exigem líderes conscientes, líderes que compreendam que poder é também dever, que resultados só têm valor quando criam transformação positiva. O líder consciente planeia para além do imediato, pensa o país para além do mandato, entende que o futuro começa no presente.
É esse tipo de liderança que pode transformar Angola num exemplo de inovação responsável, de sustentabilidade viva e de cidadania activa. Porque não basta ter estratégia, é preciso ter propósito. E é o propósito que faz a ponte entre o pensar e o agir, entre a visão e a execução.
Os avanços do amanhã começam hoje
Falar do amanhã é falar daquilo que fazemos agora. O futuro não será linear, será digital, interconectado e exigente. Por isso, o grande desafio das organizações e instituições angolanas é desenvolver a capacidade de agir com visão e coerência, de integrar o humano no centro da decisão e de preparar as equipas para um mundo onde a mudança é constante. O futuro será das organizações que pensam de forma ágil, que planeiam com consciência e que agem com propósito.
E é com esse compromisso que a Lio Business Solutions promove o Workshop de Planeamento Estratégico Ágil, um espaço de reflexão, co-criação e visão de futuro para líderes e gestores. Um convite a projectar Angola em 2075, a repensar o papel do líder e a ligar presente e futuro, decisão e consequência, propósito e resultado. Entre as ferramentas a serem exploradas está a Roda do Futuro, um exercício de consciência que ajuda os participantes a pensar o longo prazo e a alinhar estratégia com impacto.
O futuro é uma escolha
O futuro não se prevê, constrói-se. Constrói-se nas escolhas que fazemos, nas prioridades que definimos e nos valores que decidimos defender. Angola precisa de líderes que escolham a responsabilidade em vez da indiferença, o propósito em vez do ego, a transformação em vez da repetição.
Os próximos cinquenta anos não podem ser apenas continuidade, precisam ser de transformação, um novo capítulo, um novo ritmo. E é com consciência, propósito e acção que poderemos fazer de Angola 2075 o reflexo do que sonhamos hoje: um país mais humano, mais inovador e verdadeiramente sustentável.





