Facturação electrónica pode reduzir até 70% dos custos administrativos nas empresas angolanas, considera Cegid

A adopção da facturação electrónica poderá permitir às empresas angolanas reduzir entre 50% e 70% os custos administrativos associados ao processamento de facturas e eliminar até 90% dos erros decorrentes da introdução manual de documentos, elevando o rigor e a fiabilidade do reporting financeiro. A estimativa foi avançada esta Terça-feira, 2, em Luanda, por Pedro…
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Legal watch senior manager da Cegid na lbéria e África considera que a entrada em vigor do regime da factura electrónica irá constituir um momento de viragem no que diz respeito ao rigor da informação de gestão e à transparência dos processos.
Economia

A adopção da facturação electrónica poderá permitir às empresas angolanas reduzir entre 50% e 70% os custos administrativos associados ao processamento de facturas e eliminar até 90% dos erros decorrentes da introdução manual de documentos, elevando o rigor e a fiabilidade do reporting financeiro.

A estimativa foi avançada esta Terça-feira, 2, em Luanda, por Pedro Montez, especialista em fiscalidade angolana e legal watch senior manager da Cegid na Ibéria e África, durante uma sessão de esclarecimento dedicada ao novo regime de facturação electrónica, que entrará em vigor de forma faseada a partir do próximo ano.

Segundo o especialista, a digitalização dos processos fiscais representa “um ambiente totalmente disruptivo” no quadro tecnológico actual, reforçando não apenas a capacidade das administrações tributárias, mas também o acesso das empresas a ferramentas digitais avançadas.

A implementação do modelo de factura electrónica deverá marcar um ponto de viragem na qualidade da informação de gestão e na transparência dos processos contabilísticos e fiscais, contribuindo para uma maior conformidade e uniformização de práticas no sector privado.

Pedro Montez recordou que vários países africanos já avançaram com a modernização dos seus sistemas fiscais, embora a região não disponha ainda de um enquadramento legal harmonizado. Entre os modelos predominantes encontra-se o sistema de dispositivos fiscais virtuais, adoptado em mercados como Uganda, Zâmbia, Tanzânia, Chade, Ruanda e Benim, que permite transmitir facturas electrónicas directamente às administrações tributárias. Cabo Verde, por seu turno, possui um regime de facturação electrónica em funcionamento desde 2021.

A Cegid cita estudos internacionais que apontam para uma poupança média entre 1,5 e 10 dólares por factura processada digitalmente, dependendo da complexidade dos processos internos de cada organização. Para além do ganho financeiro, Montez sublinha que o envio electrónico de facturas à Autoridade Geral Tributária (AGT) reforça a segurança e a credibilidade dos dados de facturação, contribuindo para um ambiente de maior transparência e confiança no mercado nacional.

Experiências internacionais demonstram ainda que a adopção da facturação electrónica permitiu aumentos entre 5% e 30% na conformidade fiscal e reduções significativas no risco de fraude.

Com o objectivo de apoiar o tecido empresarial angolano nesta transição, a Cegid está a disponibilizar formação especializada sobre o novo regime, através da Cegid Academy, que oferece um calendário de acções presenciais e online.

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