A empresa nacional de telecomunicações de Guiné-Bissau vai ser reestruturada, segundo anunciou, há dias, o ministro das Finanças, Ilídio Té, que justificou a medida com a necessidade de relançar o sector e assegurar maior autonomia das redes de telecomunicações.
“Todos nós sabemos qual é a importância deste sector para a comunicação do país”, reforçou o ministro em comunicado divulgado à imprensa.
O anúncio foi feito após uma audiência com a Sociedade Financeira Internacional (SFI), durante a qual foi abordado o lançamento do projecto de privatização da Guinétel e da Guiné Telecom, através da alienação de acções.
Segundo Ilídio Té, a Guiné-Bissau “precisa de soberania nas telecomunicações”, alertando que a rede de telecomunicações não dá garantia de autonomia, “por estar nas mãos da MTN e Orange”.
O ministro acredita que, desta vez, as empresas Guinétel e Guiné Telecom vão conhecer uma “reestruturação profunda”, com vista a assegurar a autonomia das telecomunicações.
O processo de reestruturação vai ser liderado pela SFI, que dá assistência e aconselhamento a Estados frágeis, membros do Banco Mundial (BM), para acesso ao financiamento de pequenas e médias empresas.
A Guiné-Bissau estabeleceu um acordo com a SFI em 2015, no qual as partes concordam trabalhar no âmbito do Projeto África Leasing Facility II, que visa dar apoio ao desenvolvimento do sector privado.
