Grupo Raxio vai construir primeiro centro de dados de nível 3 em Angola

Angola vai ganhar, no próximo ano, o primeiro centro de dados “Tier III” do país, de tecnologia de ponta e neutro em termos de portadoras, para melhorar as comunicações e garantir a redundância necessária no sector. O investimento é do Grupo Raxio, um dos principais construtores e operadores pan-africanos de centros de dados. Com a…
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Sem revelar o valor do investimento, o CEO da empresa, Robert Mullins, diz que o país está posicionado para se transformar num centro de conectividade na região e num mercado importante para a Raxio.
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Angola vai ganhar, no próximo ano, o primeiro centro de dados “Tier III” do país, de tecnologia de ponta e neutro em termos de portadoras, para melhorar as comunicações e garantir a redundância necessária no sector. O investimento é do Grupo Raxio, um dos principais construtores e operadores pan-africanos de centros de dados.

Com a previsão do início da construção ainda este ano e a entrada em funcionamento para o mês de Fevereiro de 2024, a instalação em Angola está a ser desenvolvida em colaboração com parceiros internacionais e locais, “cuidadosamente seleccionados” de acordo com os padrões de excelência experimentados e testados da Raxio, segundo um comunicado da empresa a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso. O comunicado não adianta o valor do investimento.

“A Raxio Angola oferecerá aos seus clientes um ambiente optimizado para o seu equipamento informático numa instalação de [Metro-edge] de última geração, construída, consistentemente, com os princípios de concepção padrão da Raxio aplicados em toda a sua carteira”, adianta a multinacional, que vai implementar o projecto no município de Cacuaco, na província de Luanda, próximo dos pontos de aterragem de cabos submarinos.

O director executivo do Grupo Raxio, Robert Mullins, citado no comunicado, considera que a decisão de construir a primeira instalação neutra “Tier III” de Angola destaca o compromisso da empresa com a estratégia de fornecer as infraestruturas digitais necessárias no continente africano. “Angola tem uma procura crescente de conectividade e serviços relacionados. Está também, geograficamente, posicionada para se transformar num centro de conectividade na região, tornando-a num mercado importante para o nosso crescente portfólio”, destaca o CEO.

De acordo com o gestor, e como em todas as instalações do grupo, a Raxio Angola está a ser desenvolvida com base nas normas internacionais de sustentabilidade (ESG), conduzindo a um impacto positivo através da criação directa e indirecta de empregos de quadros qualificados, e a uma instalação que é construída e operada de acordo com os mais elevados padrões ambientais internacionais.

Quando entrar em funcionamento, a Raxio Angola proporcionará um ambiente de co-locação ideal para empresas locais, regionais e internacionais, redes de entrega de conteúdos (“CDNs”) e fornecedores de serviços em nuvem, permitindo ligações optimizadas entre transportadores locais e internacionais e fornecendo uma série de serviços de valor acrescentado, refere o mesmo comunicado.

O Grupo Raxio foi fundado em 2018 e está presente com infraestruturas idênticas no Uganda, República Democrática do Congo, Moçambique, Costa do Marfim, Etiópia e Tanzânia.

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