Número de empresas em Angola cresce mais de 200% em 16 anos

O número de empresas e estabelecimentos comerciais registados oficialmente em Angola aumentou em mais de 200%, tendo saído de perto de 27 mil em 2003 para 83.722 empresas em 2019, de acordo com o Recenseamento de Empresas e Estabelecimentos de 2019 (REMPE), apresentado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do país. Com 48% do total,…
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Recenseamento de Empresas e Estabelecimentos realizado pelo Instituto Nacional de Estatística indica que de 2003 a 2019 o país passou de 27.000 para 83.722 mil empresas.
Economia

O número de empresas e estabelecimentos comerciais registados oficialmente em Angola aumentou em mais de 200%, tendo saído de perto de 27 mil em 2003 para 83.722 empresas em 2019, de acordo com o Recenseamento de Empresas e Estabelecimentos de 2019 (REMPE), apresentado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do país.

Com 48% do total, Luanda é a província que concentra o maior número de empresas e estabelecimentos comerciais, seguida por Benguela (8,1%), Huambo (6,3%) e Huíla (5,0%). O relatório aponta a província do Cuando Cubango como aquela que apresentou o menor número de empresas, concentrando apenas 1,1% do total.

Das mais de 83 mil empresas registadas na segunda edição da pesquisa que foi financiada pelo Banco Mundial (BM), 89,9% encontram-se em actividade, 4,1% estão encerradas, 3,7% estão com o exercício suspenso, ao passo que 2,3% aguardam pelo início de actividade.

O estudo do INE, que envolveu 500 colaboradores, entre agentes de campo e supervisores, dá ainda conta que o sector formal em Angola concentra 67% das empresas, empregando cerca de 94% da força de trabalho, enquanto apenas 3% dos trabalhos actuam no sector informal onde 33% do total de empresas exercem as suas actividades.

Há mais mulheres a trabalharem no sector informal (32%) que no sector formal (26%), revelando as dificuldades que o género ainda enfrenta para afirmar-se na questão da igualdade de tratamento e oportunidades, de acordo com o INE.

O REMPE concluiu também o sector formal emprega 74% de cidadãos do sexo masculido, enquanto o informal acolhe 68%.

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