Uma delegação do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Guiné-Conacri quer conhecer as melhores práticas democráticas de Cabo Verde ao preparar uma nova Constituição para o país, avançou nesta Segunda-feira, 06, na cidade da Praia, a chefe da delegação, Fátima Camara.
“Diferentes países vão nos ajudar a conhecer as melhores práticas”, referiu Fátima Camara, detalhando que o CNT já visitou o Ruanda e identificou Cabo Verde como modelo democrático eficaz em África.
“Hoje, estamos mais que satisfeitos com o primeiro encontro”, realizado na Assembleia Nacional, indicou aquela responsável, salientado as óptimas relações entre os parlamentos dos dois países.
“Temos óptimas relações ao nível do parlamento e temos uma história em comum e esta é uma forma de reforçar esses laços”, disse, numa alusão à luta pela independência.
A chefe da delegação acrescentou ainda que “o período de transição é uma oportunidade para fortalecer as instituições guineenses” e que vão ter uma “Constituição a emanar do povo”.
A Guiné-Conacri é um dos quatro países sancionados na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO, de que Cabo Verde faz parte) devido a golpes de Estado, num grupo que inclui Mali, Níger e Burquina Faso.
De acordo com a Lusa, o retorno à ordem constitucional é teoricamente esperado em 2024 no Mali e no Burquina Faso, e em 2025 na Guiné-Conacri.