ASSEA lança programa de estágio remunerado para mulheres

 A Associação de Empresas Autóctones para Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA), em parceria com a plataforma Muhatu Energy Angola (MEA), lançou na passada Quinta-feira, 16, em Luanda, um programa de estágios profissionais, denominado “Ubuntu” (eu sou porque nós somos). O referido programa, que pretende aumentar a participação das mulheres na indústria petrolífera em Angola, será…
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Com o programa a Associação de Empresas Autóctones para Indústria Petrolífera de Angola pretende aumentar a participação das mulheres na indústria petrolífera no país.
Economia

 A Associação de Empresas Autóctones para Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA), em parceria com a plataforma Muhatu Energy Angola (MEA), lançou na passada Quinta-feira, 16, em Luanda, um programa de estágios profissionais, denominado “Ubuntu” (eu sou porque nós somos).

O referido programa, que pretende aumentar a participação das mulheres na indústria petrolífera em Angola, será remunerado e terá a duração de três meses. As candidatas serão seleccionadas com base no desempenho académico, gosto pela área técnica e desejo de fazer a diferença no sector petrolífero.

Numa primeira fase do programa, o público-alvo serão estudantes do Instituto Nacional de Petróleos (INP) e do quarto ano ou finalistas do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), que passarão a absorver noções sobre o funcionamento, regras de organização e aprendizado sobre os ISO (Standartização Internacional da Organização), cultura e estratégia da organização.

Durante o processo de estágio, as estudantes irão se inteirar sobre os procedimentos usados, introdução à higiene, segurança e ambiente, bem como as Key Performance Indicators (KPI).

A vice-presidente da Associação de Empresas Autóctones para Indústria Petrolífera de Angola, Berta Rodrigues Issa, afirmou que através do Ubuntu, pretende-se aumentar significativamente a representação feminina nas áreas técnicas da indústria petrolífera angolana.

“Reconhecemos que a sub-representação de mulheres nessas posições tem um impacto directo na promoção de mulheres no sector, oferecendo oportunidades igualitárias de formação por um período de três meses e desenvolvimento de carreira. Estamos comprometidos em transformar a paisagem da indústria petrolífera em Angola, criando um ambiente mais inclusivo e diversificado”, sublinhou a responsável.

Actualmente, lembrou, a inclusão de mulheres na indústria petrolífera representa apenas 22% da força de trabalho total, com uma ainda mais baixa representação de 8% nas áreas técnicas. “Esses números sublinham a necessidade premente de criar oportunidades significativas para as mulheres na indústria de energia”, concluiu Berta Rodrigues Issa.

Por sua vez, a administradora executiva da Sonangol, Olga Sabalo Miranda, avançou que o programa Umbutu vai ajudar as mulheres a explorar diferentes planos de carreira e decidir o que querem fazer após a sua formação académica.

“Como bónus, o que é sempre bom, as jovens que participarem nesses estágios podem estabelecer conexões valiosas, networking com outras mulheres na sua área, o que, com certeza, será benéfico para as jovens-senhoras, que hoje sentem-se isoladas quanto ao seu percurso profissional”, referiu.  

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