Cabo Verde divulga candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal à UNESCO

O Governo cabo-verdiano inicia nesta Segunda-feira, 02, o processo de divulgação da candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). De acordo com um comunicado do Governo, a divulgação vai ser feita junto de entidades públicas e parceiros estratégicos,…
ebenhack/AP
De acordo com o Governo, a divulgação vai ser feita junto de entidades públicas e parceiros estratégicos, com vista à “mobilização institucional e comunitária”.
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O Governo cabo-verdiano inicia nesta Segunda-feira, 02, o processo de divulgação da candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

De acordo com um comunicado do Governo, a divulgação vai ser feita junto de entidades públicas e parceiros estratégicos, com vista à “mobilização institucional e comunitária” em torno de uma causa de elevada importância histórica e patrimonial.

“A candidatura será apresentada de forma conjunta por Cabo Verde, Portugal, Angola e Guiné-Bissau, num gesto de afirmação da memória histórica comum e de compromisso com a valorização do património ligado à resistência e à luta pela liberdade”, lê-se em comunicado.

A ideia da candidatura conjunta, explica o documento, foi reforçada há um ano, durante as celebrações dos 50 anos de libertação dos presos políticos do Tarrafal e que juntaram no local os chefes de Estado dos quatro países (o Presidente angolano, João Lourenço, fez-se representar pelo ministro da Defesa).

O campo foi criado em 1936 e recebeu os primeiros 152 presos políticos, portugueses, em 29 de Outubro do mesmo ano, tendo funcionado até 1956.

Reabriu em 1962, com o nome de “Campo de Trabalho de Chão Bom”, destinado a encarcerar os anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde.

O antigo Campo de Concentração do Tarrafal, diz a Lusa, tem sido beneficiado enquanto espaço museológico, seguindo propostas da UNESCO.

 

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