O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou esta semana Ana Paula Tavares pelo Prémio Camões 2025, considerando que a escritora angolana “representa uma ideia concreta da lusofonia” e por isso “o prémio é tanto mais justo”.
A atribuição do Prémio Camões 2025 a Ana Paula Tavares foi hoje anunciada pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB). Segundo o comunicado divulgado, o júri quis distinguir “a sua fecunda e coerente trajectória de criação estética e, em especial, o seu resgate de dignidade da poesia”.
“Felicito Ana Paula Tavares pela atribuição do Prémio Camões, o mais importante das letras lusófonas”, lê-se numa mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
O Presidente da República considera que “o prémio é tanto mais justo quanto a escritora angolana, que vive em Portugal há três décadas, representa uma ideia concreta da lusofonia”.
O chefe de Estado destaca o percurso de Ana Paula Tavares não só “como poeta e prosadora”, mas também “como académica e investigadora” em áreas como as literaturas africanas, antropologia, museologia ou património, e “como interveniente em colóquios, festivais e júris, numa ligação constante entre as artes e as letras portuguesas, brasileiras e africanas”.
“Ana Paula Tavares estreou-se como poeta em 1985, numa vaga de novíssimos que representou um virar de página na poesia angolana, e os seus poemas completos tiveram edição recente na Caminho”, refere-se na nota de felicitação de Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela Lusa.
A escritora angolana “juntou-se a Craveirinha e a Pepetela na lista dos escritores de Angola galardoados” com o Prémio Camões, “e a escritoras como Sophia de Mello Breyner, Paulina Chiziane ou Adélia Prado”, acrescenta-se.