“A aviação africana não pode aguardar por impulsos externos para evoluir: a transformação do sector depende de reguladores, operadores, instituições públicas, parceiros internacionais, trabalhadores, decisores e especialistas”, defendeu essa Terça-feira, 2, em Luanda, o ministro dos Transportes de Angola, Ricardo D’Abreu.
Ao discursar no encerramento da 57.ª assembleia-geral anual da Associação das Companhias Aéreas Africanas (AFRAA), o governate sublinhou que “cada um de nós tem uma responsabilidade directa na construção de um ecossistema mais seguro, mais eficiente, mais competitivo e mais integrado”.
Para Ricardo D’Abreu o futuro da aviação africana passa por maior eficiência energética, redução de emissões e adopção de soluções tecnológicas inovadoras, sem descurar a racionalidade económica que sustenta a competitividade das transportadoras aéreas no continente.
O ministro realçou que a aviação constitui um sector económico de elevado valor acrescentado, contribuindo para o Produto Interno Bruto (PIB), para a geração de emprego qualificado e para a projecção internacional dos países. A transversalidade do sector — que se cruza com o turismo, o comércio, a indústria e a mobilidade regional — exige, segundo o governante, uma cooperação interministerial robusta para alcançar resultados consistentes.
“Angola está pronta para liderar, cooperar e executar. Angola quer e vai consolidar esse protagonismo.”
O responsável reiterou que o governo angolano continuará a investir no capital humano, na capacidade técnica, na modernização dos processos e no reforço do quadro regulatório, pilares considerados essenciais para sustentar o crescimento do ecossistema aeronáutico nacional. “Angola está pronta para liderar, cooperar e executar. Angola quer e vai consolidar esse protagonismo”, sublinhou.
O ministro destacou ainda que a realização da assembleia-geral da AFRAA em Luanda representa mais do que um encontro institucional: é a confirmação de que o país está alinhado com uma agenda de transformação, rigor e ambição estratégica para o sector.
Entre os momentos marcantes do evento, Ricardo D’Abreu apontou o painel dedicado à “Transformação da Aviação Angolana”, que permitiu apresentar, de forma transparente, os pilares da visão governamental. O governante enfatizou que o novo Aeroporto Internacional António Agostinho Neto surge como o activo estruturante que poderá elevar o desempenho operacional, expandir a capacidade e posicionar Luanda como um hub estratégico entre África, América do Sul, Europa, Médio Oriente e Ásia.
“Continuamos a implementar medidas alinhadas com o princípio de céus abertos, garantindo previsibilidade, segurança jurídica e transparência”, concluiu.





