A multinacional norte-americana Coca-Cola em Angola quer aumentar a incorporação de matéria-prima nacional na composição dos seus produtos, estando disponível para aquisição de todo o açúcar que vier a ser produzido em Angola, com o objectivo de deixar de importar e disponibilizar o produto às unidades fabris que detém no continente.
Este interesse foi apresentado ao ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, Quinta-feira última, durante um encontro com executivos da multinacional, no qual foram discutidos, entre outros temas, as operações da empresa em África, com particular enfoque em Angola.
Durante a reunião, os responsáveis da Coca-Cola na África Central abordaram também a necessidade de investimentos na indústria do vidro, uma vez que a empresa importa anualmente cerca de 100 milhões de garrafas para atender a sua produção.
“Se Angola aumentar a produção de açúcar e de garrafas de vidro, a Coca-Cola será o principal cliente”, afirmou uma das representantes da empresa, manifestando a disponibilidade para colaborar com as iniciativas do governo angolano nesse sentido.
Os responsáveis da multinacional destacaram ainda o envolvimento da empresa em projectos comunitários, nomeadamente no fornecimento de água potável, gestão de resíduos e programas de empoderamento da juventude.
No âmbito das iniciativas da empresa em Angola, foi reforçada a importância de trabalhar em estreita colaboração com as administrações municipais, promovendo a inclusão de cidadãos angolanos que se dedicam à recolha de plástico para posterior venda à fábrica.
Por sua vez, o ministro de Estado para a Coordenação Económica do país congratulou-se com o facto de a multinacional ser uma das patrocinadoras da 17.ª Cimeira de Negócios EUA-África, que decorrerá em Luanda, de 23 a 27 de Junho deste ano.
José de Lima Massano afirmou ter tomado “boa nota” das preocupações apresentadas pelos representantes da Coca-Cola e garantiu que o Executivo está empenhado na dinamização e potenciação da economia, visando a sua diversificação, apostando no incentivo ao investimento em sectores estratégicos, como a agricultura e indústria transformadora.