Oliver Stone terminou filme sobre a prisão de Lula da Silva e o regresso ao poder

Oliver Stone concluiu a filmagem de um documentário sobre o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, desde sua prisão entre 2018 e 2019 até seu retorno ao poder, revelou o cineasta, numa entrevista à agência AFP. "O documentário aborda os processos judiciais que envolveram Lula da Silva a partir de 2011 e os eventos…
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O filme do realizador norte-americano, aborda os processos judiciais enfrentados por Lula e a sua jornada durante esse período turbulento e oferece uma análise crítica do panorama político brasileiro.
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Oliver Stone concluiu a filmagem de um documentário sobre o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, desde sua prisão entre 2018 e 2019 até seu retorno ao poder, revelou o cineasta, numa entrevista à agência AFP.

“O documentário aborda os processos judiciais que envolveram Lula da Silva a partir de 2011 e os eventos que ocorreram quando o chefe de Estado foi preso por corrupção, o que não é realmente incomum nestes países”, afirmou Stone, que estava em Paris para discutir “Nuclear Now”, um documentário sobre a defesa da energia nuclear.

A data de estreia ainda não foi anunciada, uma vez que o filme deverá ser apresentado num festival de cinema, disse o realizador americano, que é presença regular em grandes eventos como o Festival de Cannes.

Ao longo de cinco décadas, Oliver Stone dirigiu várias obras de ficção e documentários relacionados à América Latina, começando por “Salvador” (1986), protagonizado por James Woods.

Alguns dos seus trabalhos são controversos, como “Comandante”, um documentário lançado em 2003 sobre Fidel Castro, ao qual dedicou outros dois filmes em 2004 e 2012.

Em 2014, Stone também dirigiu “Meu Amigo Hugo”, sobre o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, produzido pela emissora oficial venezuelana Telesur, que apoia o regime de Chávez.

O documentário sobre Lula demorou meses a ser filmado, durante os quais Oliver Stone viajou com o veterano político brasileiro, segundo avança a agência Lusa.

Quando questionado sobre as semelhanças entre Lula, Chávez e Castro, ele os vê como “humanistas”. “São todos originais e dão o seu melhor para servir o seu país”, disse.

Com entrevistas como as que fez com Putin, Stone alcançou a reputação de outsider em Hollywood, sendo rotulado às vezes como teórico da conspiração, algo que ele diz não se importar.

Vencedor de três Óscares, o realizador de “Platoon” e “JFK” admite que um regresso aos longas-metragens parece difícil.

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