O financiamento continua a ser um dos obstáculos mais significativos ao crescimento do sector privado angolano, considerou esta Terça-feira, 27, em Luanda, o representante da Internacional Finance Corporation (IFC), do Grupo Banco Mundial, em Angola, Vasco Nunes.
De acordo com Vasco Nunes, que falava no Fórum Colaborativo Sobre Sistema de Reporting de Crédito, a falta de financiamento efecta consequentemente à criação de emprego, em especial para as pequenas empresas, as mulheres e jovens empresários.
“Nos últimos anos, temos assistido as melhorias notáveis no sector financeiro no nosso país [em Angola]. No entanto, o financiamento continua a ser um dos obstáculos mais significativos ao crescimento do sector privado”, apontou o representante da IFC.
No entanto, Nunes sublinhou que o IFC tem se esforçado muito para criar uma forte carteira de crédito. Afirmou que para além de intervirem directamente no sector real, com ênfase nas pequenas e medias empresas (PMEs), no sector agrícola e transformador, pretendem também intervir indirectamente no sector financeiro.
Portanto, segundo realçou, esta é uma das ferramentas mais importantes para que possam penetrar e apoiar a economia através da banca.
Vascos Nunes felicitou o Governo de Angola e os parceiros institucionais pela sua visão e liderança. “No entanto, subsiste um desafio importante: a participação dos principais credores no fornecimento de dados é ainda limitada”, indicou.
Na perspectiva do responsável, a infra-estrutura que está a ser construída hoje mudará a vida financeira de milhões de pessoas amanhã. “Cada ponto de dados compartilhado, cada barreira regulatória removida e cada instituição que se junta ao sistema, aproxima-nos de uma economia mais inclusiva, transparente e rica em oportunidades”, sublinhou.
Por outro lado, o representante do IFC referiu que quando as pequenas empresas têm acesso a crédito justo, elas crescem, quando se confia capital às mulheres e aos jovens empresários, eles investem e inovam, assim como quando os sistemas financeiros são construídos com base em confiança e em dados tangíveis, a nação pode prosperar.
“O IFC acredita firmemente no potencial de Angola e acredita com uma determinação colectiva, liderança ousada, colaboração contínua entre os parceiros que podemos desbloquear este potencial”, frisou Vasco Nunes.
