A possibilidade da criação de um instituto de oncologia na Guiné-Bissau começou nesta Terça-feira a ser discutida no âmbito da cooperação com Portugal, anunciou o ministro da Saúde Pública guineense, Pedro Tipote.
O governante falava depois de um encontro com a delegação do Ministério da Saúde de Portugal que chegou a Bissau para, durante dois dias, se inteirar dos projectos em curso no âmbito da cooperação entre os dois países e de novos projectos.
No final da primeira reunião, Pedro Tipote revelou que falaram “da possibilidade de estabelecer um instituto de oncologia na Guiné-Bissau”, o que considerou que seria “relevante nesta cooperação”.
A falta de respostas no sistema de saúde guineense a doenças como o cancro obriga às chamadas “evacuações médicas”, sendo Portugal o único país com o qual a Guiné-Bissau tem acordos para este fim.
As transferências de doentes são feitas, através de juntas médicas, com dificuldades, apontou o ministro guineense, concretamente na obtenção dos vistos necessários.
“Há sérios problemas”, afirmou o governante, sugerindo que este aspeto poderá ser tratado “conjuntamente com a Embaixada [de Portugal na Guiné-Bissau], com o sistema consular e a Cooperação Portuguesa”.
“Estamos a ver aspectos que podem ser constrangedores relativamente a essa problemática da cooperação”, acrescentou Pedro Tipote, citado pela Lusa.