Dívida externa de São Tomé e Príncipe duplica para 13,5 milhões de dólares em 2025

A dívida externa de São Tomé e Príncipe duplicou para cerca de 13,5 milhões de dólares em 2025 como resultado de compromissos assumidos pelos governos anteriores, informou o ministro das Finanças são-tomense, Gareth Guadalupe. De acordo com o ministro, os dados dos últimos 10 anos indicam que a dívida externa do arquipélago africano rondava entre…
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O ministro das Finanças são-tomense, Gareth Guadalupe, sublinhou que o ano de 2025 foi o ano de maior serviço de dívida externa em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB).
Economia

A dívida externa de São Tomé e Príncipe duplicou para cerca de 13,5 milhões de dólares em 2025 como resultado de compromissos assumidos pelos governos anteriores, informou o ministro das Finanças são-tomense, Gareth Guadalupe.

De acordo com o ministro, os dados dos últimos 10 anos indicam que a dívida externa do arquipélago africano rondava entre dois a seis milhões de dólares anuais, mas em 2025 “saltou para 13,5 milhões de dólares”.

“O ano de 2025 foi o ano de maior serviço de dívida externa em percentagem do PIB [Produto Interno Bruto]”, afirmou Gareth Guadalupe.

“Não é dívida contraída por este Governo”, esclareceu Gareth Guadalupe, sublinhando que mandou fazer o levantamento do serviço de dívida externa nos últimos 10 anos.

Segundo o governante são-tomense, os compromissos com o serviço de dívida condicionaram as negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que exigiu que fossem resolvidos todos os “atrasos externos” antes da assinatura do acordo de crédito alargado.

No entanto, Gareth Guadalupe sublinhou que o pagamento da dívida externa tem influenciado os investimentos do executivo em programa nacionais. “Quanto mais eu pago para a dívida externa, menos sobra-me para atender a outras despesas prementes e necessárias”, vincou.

O ministro disse ainda que os juros da dívida de cerca de 30 milhões de dólares, contraída pelo Governo anterior com o Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), é a que mais tem pesado no serviço de dívida do país, apesar de o Estado são-tomense só ter utilizado 15 milhões de dólares e dispensar o remanescente.

Gareth Guadalupe, citado pela Lusa, apontou ainda que o executivo são-tomense tem uma dívida avultada com Angola, que “está sempre a evoluir”, pelo fornecimento de combustível, mas o Governo tem estado a trabalhar para evitar atrasos.

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